8 trapaceiros da loteria e suas histórias incríveis

Neste artigo, trazemos oito dos casos mais interessantes a esse respeito. Você não vai acreditar no tamanho da falcatrua empreendida por alguns desses mentirosos da loteria e como eles fizeram de tudo para tentar ganhar um prêmio que não era deles. Além disso, perguntamo-nos se as mesmas histórias poderiam acontecer no caso da Mega Sena. Se você ficou curioso, continue lendo para saber mais.

Fraude na Mega Sena é possível?

Em 2005, no Brasil, suspeitou-se que tivesse havido adulteração em um determinado sorteio da Mega Sena. Isso teve início quando diversas mensagens começaram a se espalhar Internet afora por meio de correntes de e-mail. Segundo o boato, auditores, caixas e figuras políticas estariam envolvidas no esquema. O boato acabou se provando falso, segundo as investigações conduzidas na época.

Apesar disso, histórias como esta não impediram que, em 2013, um morador de Ribeirão Preto, São Paulo, tentasse inventar uma história mirabolante. O homem alegou que seu irmão roubara o seu bilhete premiado no dia anterior ao sorteio. Ao tentar reaver o bilhete e o seu prêmio multimilionário, a polícia e a loteria federal precisaram ser envolvidas no caso. Dias depois, a investigação comprovou que não só o bilhete não havia sido comprado naquela casa lotérica, como o irmão do homem não havia sequer ido à lotérica naquele dia, mas sim que o próprio homem havia comprado um bilhete um dia após a data do sorteio. Apesar disso, o homem não foi condenado e ainda tenta recorrer à justiça para evitar qualquer repercussão legal proveniente de suas alegações.

8 ganhadores de loteria falsos

Apresentamos aqui oito histórias de fraudadores de loteria e farsantes. Algumas dessas histórias, contudo, podem parecer exageradas demais para serem reais. Isso porque elas mostram até que ponto as pessoas vão quando o assunto é surrupiar um prêmio de loteria. 

Achado não é roubado?

Esse ditado pode muito bem funcionar no parquinho da escola, mas não tanto quando se trata de ganhadores de um prêmio da loteria. Amanda e Michael Stacey estavam fazendo compras no supermercado local em Swindon, na Inglaterra, quando viram um bilhete de loteria no chão. O casal descontou o bilhete que rendeu-lhes £ 30.000 (cerca de R$ 149 mil) em sua agência de correios local. Os sortudos usaram metade da quantia para liquidar parte de suas dívidas.

Infelizmente para os Stacey, a verdadeira dona do bilhete tinha guardado o recibo de sua compra e percebeu que o bilhete havia sumido ao notar que seus números da sorte tinham sido sorteados. A Sra. Dorothy McDonagh, de 61 anos, entrou em contato com os organizadores da loteria e, quando ela apresentou seu bilhete à loteria, isso deu por encerrada a sorte do casal oportunista. Um tribunal foi necessário e definiu-se, ao final do julgamento, que o casal precisaria devolver o dinheiro acrescido de juros. O júri, contudo, acreditou nos Stacey quando eles alegaram não ter percebido que sua ação se tratava de algo errado. Como resultado, o casal recebeu uma sentença de serviço comunitário por 11 meses por fraude, evitando-se, assim, que eles tivessem que passar algum tempo atrás das grades.

Um vendedor ilícito

Um vendedor de jornais em Oldham, na Inglaterra, apelidado de “Sortudo” tentou enganar uma senhora de 77 anos a fim de extorquir-lhe milhões em prêmios de loteria. No entanto, a sorte do vendedor não durou muito. Quando a aposentada Maureen Holt pediu ao comerciante Farrakh Nizzar para verificar se o bilhete dela havia sido sorteado, ele lhe disse que nenhum dos números tinha saído naquele dia. O que houve, de fato, foi que o terminal da loteria havia exibido uma mensagem informando que o proprietário do bilhete deveria entrar em contato com os organizadores.

Quando Nizzar fez isso mais tarde no lugar da pobre senhora, ele acabou levantando suspeitas, uma vez que foi incapaz de responder a perguntas sobre quando e onde ele havia comprado o volante de aposta. Os organizadores da loteria fizeram suas próprias investigações e descobriram que o bilhete havia sido comprado com o cartão do clube da terceira idade do marido da sra. Holt. O casal de idosos pôde então receber seu prêmio de £ 1 milhão (cerca de R$ 4.9 milhões). A sorte de Nizzar não foi das maiores, contudo. O vendedor foi sentenciada a 30 meses de prisão.

Caindo em tentação

Um momento de loucura custou a Anne Jeevarajah, de 38 anos, e a seu marido Alfred, de 45, tanto a sua liberdade quanto as suas vidas. O aposentado Gwyn Badham-Davies entrou em sua banca de jornal favorita em Norfolk, na Inglaterra, e pediu à lojista Anne que verificasse se o seu bilhete de loteria da semana anterior havia dado frutos. Ela descobriu que aquele era um bilhete premiado, mas informou ao Sr. Badham-Davies que ele havia ganhado apenas 10 libras naquela tarde.

Na verdade, o bilhete valia mais de £ 156 mil (cerca de R$ 770 mil) e o marido de Anne, Alfred, telefonou para os organizadores da loteria do Reino Unido para tentar escamotear o prêmio. Os organizadores da loteria desconfiaram devido à demora dos ganhadores em reivindicar o prêmio, para além do fato dos ditos sortudos trabalharem como balconistas. Descobriu-se que o Sr. Badham-Davies tinha comprado o bilhete premiado em um supermercado próximo. O casal perverso de lojistas foi condenado a 14 meses de prisão em 2011. O advogado do casal descreveu a ação como “um triste momento em que se cai em tentação”.

Vovó-ganância

Susanne Hinte – residente do Reino Unido, mas nascida na Alemanha – chegou às manchetes alegando ter sido premiada com um prêmio de £ 33 milhões (cerca de R$ 164 milhões). A vovó de 48 anos alegou ter deixado acidentalmente o bilhete premiado na máquina de lavar, tornando-o ilegível para a conferência.

No entanto, foi possível identificar a data do bilhete mesmo manchado, ainda que os números “vencedores” estivessem claramente visíveis. Quando o verdadeiro ganhador da loteria apareceu e apresentou o bilhete real, o plano da Sra. Hinte foi rapidamente levado água abaixo. Susanne alegou que tudo não tinha passado de um “erro inocente”. Em tais circunstâncias, devido à impossibilidade de comprovar a fraude da vovó trapaceira, não houve repercussão do caso.

Bolão do pecado

É sempre uma boa ter certas regras antes de entrar em um bolão de loteria, visto que isso pode ajudá-lo a evitar o triste destino que um grupo de apostadores canadenses teve. Frank Galella era o “chefe” do grupo e, portanto, o responsável pela compra dos bilhetes. Quando a filha de Frank revindicou cerca de $ 7 milhões (cerca de R$ 20 milhões) em uma casa lotérica, muito se suspeitou a respeito dela.

Mais tarde, descobriu-se que o bilhete vencedor havia sido comprado através de um bolão e que o Sr. Galella havia mandado sua filha tentar retirar o prêmio sem que ninguém o soubesse. O canadense de 67 anos foi condenado a dois anos de prisão domiciliar por tentativa de fraude, embora ainda tenha conseguido retirar sua parte do bolão, o equivalente a $ 640 mil (cerca de R$ 1.8 milhão).

Funcionários desonestos

Vendedores de jornais e balconistas se destacaram em nossa lista até agora devido à oportunidade única que sua posição lhes oferece. Imran Pervais, de 26 anos, foi outro que deixou a tentação levar-lhe a alma. Quando Callum Crosier entrou no estabelecimento para verificar os números de um bolão da loteria, o lojista de Gravesend lhe disse que ele ganhara apenas dez libras. Contudo, o valor correto a ser informado deveria ter sido £ 80 mil (cerca de R$ 400 mil).

No entanto, Callum notou o erro ao verificar os números ao chegar em casa e voltou para reivindicar o bilhete que ele havia lá deixado. Pervais recebeu uma sentença de suspensão e a máquina da loteria da sua loja precisou ser retirada. Nos Estados Unidos, uma equipe secreta de investigadores de loteria vai de loja em loja para garantir que nenhum comportamento fraudulento como este ocorra. Esses agentes dão uma raspadinha vencedora ao balconista em cada loja por onde passam e aguardam se o atendente informará o prêmio adequado ou não. O balconista Robert Adsit, por exemplo, foi um dos que morderam a isca. Ao afirmar aos investigadores que a raspadinha não tinha sido sorteada, ele tentou revindicar debalde um prêmio de $ 5 mil (cerca de R$ 19 mil) no dia seguinte.

Golpe de segurança

Um dos mais elaborados golpes de loteria foi realizado por um diretor de segurança de Iowa, nos Estados Unidos. Eddit Tipton foi considerado culpado por ter manipulado os geradores de números aleatórios que determinavam o resultado de pelo menos quatro loterias nos Estados Unidos. Seu trabalho como programador nos escritórios da Associação de Loterias Interestaduais de Iowa lhe permitiu acessar o programa que gerava os resultados dos sorteios.

Tipton admitiu ter manipulado os sorteios de loteria em Iowa, Colorado, Kansas, Oklahoma e Wisconsin para o seu próprio benefício e de seu irmão Tommy (um ex-juiz) e de um empresário do Texas chamado Robert Rhodes. Tipton superou-se a si mesmo ao tentar anonimamente reivindicar um prêmio de US $ 16,5 milhões de uma das loterias do estado de Iowa, mas acabou sendo condenado a 25 anos de prisão antes de conseguir fazê-lo de fato.

Desejos incontornáveis

Terminamos nossa lista de vigaristas de loteria com uma história bastante incomum do Reino Unido. Este é um daqueles casos que fugiu do controle e que teve consequências devastadoras. O casamento de Howard Walmsley passava por um momento difícil. Ele e sua esposa Kathy enfrentavam problemas financeiros e o estresse começava a tirá-los do sério. Howard resolveu contar à esposa que ele havia ganhado algum dinheiro na loteria: quase £9 milhões (cerca de R$ 44 milhões). Kathy não duvidou do marido, e muitas outras pessoas também caíram na conversa dele.

Ao passo que a mentira fugia do controle, Howard acabou emprestando dinheiro de outras mulheres, acumulando crédito em empresas de onde seus cheques sempre voltavam (para nenhuma surpresa da parte de Howard). O mesmo aconteceu quando ele tentou comprar um Jaguar esportivo e quando preencheu um cheque de £ 293 mil (R$ 1,44 milhão) a um amigo para que ele comprasse uma casa do século XVII. Como todos esses cheques não paravam de voltar, não tardou para que a lei o pegasse. O então condenado pela justiça de 43 anos de idade foi sentenciado a três anos de prisão em 2001.

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Fontes:

www.mirror.co.uk
www.theguardian.com
www.bbc.co.uk
http://www.chch.com
time.com
www.thestar.co.uk
www.chicagotribune.com
www.telegraph.co.uk